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FAL como Marcador Bioquímico

A fosfatase alcalina, está presente, como ja foi dito nos osteoblastos. 
Essas células ósseas podem ser danificadas, quando há osteoporose, assim sendo, vamos explicar um pouco da doença, para compreender uma, das varias aplicações químicas da dosagem da fosfatase alcalina.

Osteoporose


A osteoporose é uma doença sistêmica progressiva, caracterizada por diminuição da massa óssea e deterioração da microarquitetura do tecido, levando a fragilidade do osso e aumentando o risco de fraturas.
Os ossos são um tecido metabolicamente ativo que sofre um processo contínuo de renovação e remodelação. Esta atividade é consequência, em sua maior parte, da atividade de dois tipos celulares principais, característicos do tecido ósseo: os osteoblastos e os osteoclastos.
Fisiologicamente o osso é continuamente depositado por osteoblastos e absorvido nos locais onde os osteoclastos estão ativos. Normalmente, a não ser nos ossos em crescimento, há equilibrio entre deposição e absorção óssea; na osteoporose existe uma desproporção entre a atividade de deposição e absorção óssea, com predomínio da ultima.
A doença pode ser classificada, basicamente, em dois tipos:
  • A osteoporose primária (idiopática), que apresenta duas subclassificações, tipo I e tipo II. No tipo I, também conhecida por tipo pós-menopausa, existe rápida perda óssea, e ocorre na mulher que passou pela menopausa de forma recente. É associada a fraturas das vértebras e do rádio distal. A tipo II, ou senil, é relacionada ao envelhecimento, e aparece por deficiência crônica de cálcio, aumento da atividade do paratormônio e diminuição da formação óssea.
  • A osteoporose secundária é decorrente de processos inflamatórios, como artrite reumatóide; alterações endócrinas, como hipertireoidismo e desordens adrenais; por uso de drogas como heparina, álcool, vitamina A e corticoides. Os corticoides inibem a absorção intestinal do cálcio e aumentam sua eliminação urinária, diminuem a formação ossea e aumentam a reabsorção óssea.
No diagnóstico da doença, solicita-se exames relacionados a formação e reabsorção óssea, e a fosfatase alcalina, está relacionada a formação óssea. A fosfatase alcalina aumenta na formação óssea. O valor da fosfatase alcalina total, inclui fosfatases produzidas nos rins, fígado, intestino e ossos; portanto, é mais fiel a dosagem da fosfatase alcalina óssea.

Fonte: JULIO CESAR GALI, Osteoporose.

Fosfatase Alcalina: Um marcador bioquímico

A Fosfatase Alcalina óssea é uma enzima codificada pelo gene, tecido não-específico A1P, localizado no cromossoma 1. A isoenzima óssea é um peptídeo de 507 aminoácidos, cuja sequencia é exatamente igual da isoenzima hepática; a diferença entre elas está na glocisolação, um fenômeno pós traducional. Em condições normais, as duas formas que estão presentes na circulação, são a óssea e a hepática, em quantidades equivalentes.
Como a Fal é uma enzima localizada na superfície externa da célula onde exerce sua atividade,é liberada para a circulação, por ação das fosfolipases.
A atividade e importancia da enzima na formação e mineralização da matriz óssea ainda é mal definida. As alterações encontradas na hipofosfatasia, doença devida a uma mutação no gene codificador da enzima, sugerem fortemente que a enzima tenha papel fundamental na mineralização.
Durante um longo período de tempo, a medida da atividade total de fosfatase alcalina tem sido a base do estudo de patologias tanto ósseas como hepáticas, partindo-se do pressuposto de que o aumento da atividade total seria devida à isoenzima especifica da patologia.


Fonte: José Gilberto H. Vieira, Considerações Sobre os Marcadores Bioquímicos
do Metabolismo Ósseo e sua Utilidade Prática.

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